Ao longo da
história assistimos a episódios dramáticos denominados de “Grande Marcha”,
estes aconteceram sobretudo durante a 2ª Grande Guerra com a “Marcha da Morte”
levada a cabo pelos prisioneiros de diversos campos de concentração nazis, ou a
“Marcha da Morte de Bataan”, levada a cabos por prisioneiro de guerra
Americanos e Filipinos. Assistimos também à “Grande Marcha” na china, que
consagrou o domínio de Mao Tsé-tung à frente dos desígnios do Partido Comunista
Chines.
Actualmente, em
Portugal, estamos a assistir a mais uma marcha, a “Triste Marcha dos
Desesperados”, não é uma marcha como as outras da história, ou mesmo uma marcha
de cariz desportivo, é uma marcha de milhares de portugueses para os centros de
emprego, é uma marcha de jovens e menos jovens que necessitam de trabalho para
sobreviver e para recuperar a sua dignidade. Basta ver as constantes
reportagens sobre o assunto para percebermos o desespero destas pessoas, que de
um momento para o outro viram o seu mundo virado do avesso.
Custa ouvir o
discurso destes milhares de pessoas que lutam diariamente por conseguir algum
sustento. Mas custa ainda mais ouvir o discurso do governo, que no meio desta
tempestade decide diminuir o estado social, flexibilizar ainda mais as regras
laborais, facilitando os despedimentos.
Actualmente Portugal
está em plena crise não só económica mas também social, e assistimos a uma
ineficácia por parte do poder político para tomar medidas que tragam alguma
esperança para todos os “desesperados” que marcham diariamente à procura de um
trabalho.
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