sexta-feira, 13 de abril de 2012

A Triste Marcha dos Desesperados

Ao longo da história assistimos a episódios dramáticos denominados de “Grande Marcha”, estes aconteceram sobretudo durante a 2ª Grande Guerra com a “Marcha da Morte” levada a cabo pelos prisioneiros de diversos campos de concentração nazis, ou a “Marcha da Morte de Bataan”, levada a cabos por prisioneiro de guerra Americanos e Filipinos. Assistimos também à “Grande Marcha” na china, que consagrou o domínio de Mao Tsé-tung à frente dos desígnios do Partido Comunista Chines.

Actualmente, em Portugal, estamos a assistir a mais uma marcha, a “Triste Marcha dos Desesperados”, não é uma marcha como as outras da história, ou mesmo uma marcha de cariz desportivo, é uma marcha de milhares de portugueses para os centros de emprego, é uma marcha de jovens e menos jovens que necessitam de trabalho para sobreviver e para recuperar a sua dignidade. Basta ver as constantes reportagens sobre o assunto para percebermos o desespero destas pessoas, que de um momento para o outro viram o seu mundo virado do avesso.
Custa ouvir o discurso destes milhares de pessoas que lutam diariamente por conseguir algum sustento. Mas custa ainda mais ouvir o discurso do governo, que no meio desta tempestade decide diminuir o estado social, flexibilizar ainda mais as regras laborais, facilitando os despedimentos.
Actualmente Portugal está em plena crise não só económica mas também social, e assistimos a uma ineficácia por parte do poder político para tomar medidas que tragam alguma esperança para todos os “desesperados” que marcham diariamente à procura de um trabalho.

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