Tourada
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Não importa sol ou sombra
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Camarotes ou barreiras
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Toureamos ombro a ombro as feras
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Ninguém nos leva ao engano
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Toureamos mano a mano
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Só nos podem causar dano esperas
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Entram guizos, chocas e capotes
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E mantilhas pretas
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Entram espadas, chifres e derrotes
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E alguns poetas
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Entram bravos, cravos e dichotes
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Porque tudo mais são tretas
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Entram vacas depois dos forcados
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Que não pegam nada
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Soam bravos e olés dos nabos
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Que não pagam nada
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E só ficam os peões de brega
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Cuja profissão não pega
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Com bandarilhas de esperança
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Afugentamos a fera
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Estamos na praça da Primavera
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Nós vamos pegar o mundo
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Pelos cornos da desgraça
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E fazermos da tristeza graça
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Entram velhas, doidas e turistas
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Entram excursões
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Entram benefícios e cronistas
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Entram aldrabões
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Entram marialvas e coristas
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Entram galifões de crista
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Entram cavaleiros à garupa
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Do seu heroísmo
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Entra aquela música maluca
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Do passodoblismo
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Entra a aficcionada e a caduca
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Mais o snobismo e cismo
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Entram empresários moralistas
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Entram frustrações
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Entram antiquários e fadistas
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E contradições
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E entra muito dólar, muita gente
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Que dá lucro aos milhões
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E diz o inteligente que acabaram as
canções
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Lalalala lala lala lala... lalala
lala...
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Lalalala lala lala lala... lalala
lala...
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Lalalala lala lala lala... lalala
lala... la la...
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Lalalala lala lala lala... lalala
lala...
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Lalalala lala lala lala... lalala
lala...
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Lalalala lala lala lala... lalala
lala... la la...
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Musica: Fernando
Tordo
Letra: José Carlos Ary dos Santos | |
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