sábado, 31 de março de 2012

O sol quando brilha é para todos, ou pelo menos devia ser…


Estamos todos felizes a viver com progressões de carreira congeladas, diminuição de vencimentos, aumentos de impostos, limites às deduções fiscais, aumentos na saúde, etc. sai-nos tudo da pele, ou do lombo, para que a Nação cumpra com os seus deveres, e para que sejamos os bons alunos da austeridade “europeia”.

O governo não se preocupa com o crescimento, nem com o emprego, nem com a educação, até os apoios técnicos para pessoas com deficiência foram cortados em 30%, mas os militares e as forças de segurança têm o seu sol à porta, pois as progressões foram descongeladas.

 Ou é para todos, ou para ninguém, o estado não pode tratar uns como filhos e outros como enteados.

A disciplina de voto e a liberdade de consciência


A propósito do Ribeiro e Castro, Isabel Moreira e Sergio Sousa Pinto.

Não é incomum vermos este ou aquele deputado violar a disciplina de voto imposta por este ou aquele partido.
Todos sabemos que quando isto acontece, para muitos, é logo sinónimo de deslealdade para com o líder, fractura interna, guerra entre seguidores de A ou de B.
Mas já alguém pensou que pode ser uma questão de consciência. Com toda a certeza não dormiria bem se fosse obrigado a votar a favor de algo em que não acredito, ou que vá contra todas as minhas crenças.

Só porque é sábado

Depois de uma semana com uns dias lindos, com sol e algum calor, chega o sábado e eu a pensar num bom passeio e alguma brincadeira, com o meu filhote...

sexta-feira, 30 de março de 2012

A RTP-AÇORES e o FUTURO

No colóquio promovido pelo Fórum Açoriano.
Sem sombra de duvida que vale a pena apostar na nossa televisão um instrumento de coesão, união e partilha da nossa realidade. E uma grande ferramenta, em potência, para a divulgação dos Açores no mundo.

A PSP e as Noticias

Não é para meu espanto que ao ler o Jornal Publico hoje de manhã, no conforto da minha banheira, ainda com as imagens das cacetadas aos jornalistas, por ocasião da greve geral, bem presentes na minha memória, sou confrontado uma notícia sobre o relatório da PSP para este ano, onde refere que são suas funções "acompanhar e analisar as notícias produzidas pelos órgãos de comunicação social e, consoante os assuntos noticiados, encaminhá-las para os competentes órgãos da PSP, sugerindo estratégias de combate às menos positivas".

Compreendo a parte da gestão de informação e de sensibilidades, podendo a PSP contestar ou explicar noticias menos abonatórias. Ora não acho bem esta ideia de “bater primeiro e explicar depois”.

Portugal de olhos em bico

A respeito do acordo entre a GALP e a SINOPEC. Não sou contra a entrada de capital estrangeiro em empresas portuguesas, até acho que é muito bem-vindo, agora o que me desagrada é o facto de um estado estrangeiro ser o denominador comum nestas entradas de capital. Ora vejamos, todas as empresas chinesas que investiram ou compraram participações em empresas portuguesas são pertença do estado chinês, ou seja, o que assistimos é ao domínio do nosso sector empresarial por uma potência estrangeira e o Estado Português estende a passadeira vermelha.
Já minha avó dizia, “não se põe os ovos todos na mesma cesta”, não tarda nada estamos todos em regime de cama quente, a comer umas tigelas de arroz e com os olhos em bico.

E a RTP - Açores

A propósito da brilhante iniciativa do Fórum Açoriano, “O futuro da televisão nos Açores”, que se vai realizar no dia de hoje na Biblioteca Publica de Ponta Delgada, lembrei-me dos meus alguns dos meus momentos de infância. Quando saia apressadamente da escola para assistir ao início da programação e ver o Dartacão e os 3 Moscãoteiros, ou alegremente via uns quantos desenhos animados checos no programa do Vasco Granja, à espera de ver o Tom & Jerry, ou o Bugs Bunny.

Mais tarde lembro-me dos momentos em que a família reunia-se na sala, em volta de uma “Grundig”, para assistir aos “xailes Negros”, às “Pedras Brancas” entre outros programas.

Para mim a RTP-Açores é mais que um canal de televisão regional, é parte da minha história, é parte da minha realidade, é uma componente da minha identidade.

Tudo evolui e a RTP-Açores também evoluiu, actualmente apresenta programas novos, interessante e que com toda a certeza também farão parte das memórias e da identidade do meu filho e da minha.

A proposta para acabar com este serviço é pura e simplesmente um atentado contra a minha identidade e à de muitos Açorianos.

quinta-feira, 29 de março de 2012

O custo do trabalho


Hoje após o almoço sou deparado com a constatação que o é previsível que o custo unitário do trabalho desça em 2012, 2013. Alguns dirão boa notícia, o nosso sector exportador vai beneficiar da redução do custo de produção e por conseguinte apresentar valores mais competitivos. O problema é a que custo isto ocorre, esta previsão vem do aumento do desemprego, pois com o aumento de oferta de mão-de-obra e a diminuição da oferta de emprego força à diminuição dos vencimentos propostos.

Os reflexos desta diminuição de poder de compra, já são visíveis, na diminuição do consumo interno e por conseguinte nas maiores dificuldades para o pequeno comércio e restauração.  Por outro lado o aumento do desemprego levará ao aumento dos custos com prestações sociais e uma diminuição das receitas por via fiscal.
Em suma um suposta boa noticia pode ser um grave problema.

Reforma curricular e os exames do 4º Ano

Estava hoje a divagar e a minha mente poisou sobre a problemática dos exames do 4º e do seu peso na avaliação dos alunos.

Em primeiro lugar sou grande defensor do rigor e da meritocracia, do meu ponto de vista a escola tem de ser um lugar onde os alunos estão para aprender, logo devem ser dadas as condições a todos os intervenientes no processo para que isto seja feito da melhor forma. Contudo a introdução de exames no 4º de escolaridade, a meu ver, será contra producente e terá um efeito negativo na evolução do aluno. Ora vejamos:

1-      Os professores sentiram o peso dos resultados, o que por um lado pode ser benéfico, por outro pode ser um factor que faz aumentar a pressão sobre os alunos não respeitando os ritmos de aprendizagem individuais que são muito diversificados no 1º ciclo;

2-      No 1º ciclo a aprendizagem deve ser um prazer, devemos incutir nas crianças o gosto pelo saber e a vontade da descoberta, neste campo é de extrema importância a experimentação, a manipulação e a observação. Com exames vamos criar condições para que quer em casa quer na escola se incute nos alunos que o importante é o resultado final, descurando a gratificante experiência que é APRENDER.

3-      Quer queiramos que não, este tipo de modelo leva à estigmatização dos alunos que não obtêm boas notas nos exames, e uma respectiva seriação nos ciclos seguintes, o que prejudica a integração.

No meio de tudo isto, quero louvar a decisão da Secretaria Regional da Educação dos Açores por não implementar estes exames. E mais por permitir a retenção de alunos no 1º ano, desde que bem fundamentada.

Porquê de Reflexões na Banheira

Talvez influenciado pelo grande matemático e físico, que foi Arquimedes, que segundo a história contada por Vitrúvio ao entrar numa banheira encontrou a solução para o problema da coroa de ouro do Rei Hierão II, dando origem ao conhecido princípio de Arquimedes.

Engane-se o leitor se pensar que este blog é sobre física ou matemática, possivelmente tecerei algumas considerações sobre estes assuntos, pois fazem parte da minha formação de base, mas com certeza absoluta serão muito mais diversificados. Pois considero o momento do dia em que me instalo debaixo do chuveiro altura ideal para divagar em pensamentos e fazer reflexões sobre o quotidiano, a actualidade ou outros assuntos.