quarta-feira, 18 de abril de 2012

A Importância do Passado e a Renovação Política


Ontem fui desafiado por um amigo, que prefere passeios por laranjais a desfrutar da beleza dos roseirais, a reflectir um pouco sobre a situação do PS Nacional, mais concretamente sobre a possível “guerra” entre “socratistas” e “seguristas”. Achei o desafio interessante e aquando do meu momento reflexivo vespertino a minha mente vagueou pela temática e recaiu sobre a importância do passado.
A meu ver para perspectivar o futuro é necessário assumir o passado, mesmo que seja para efectuar ruturas, é preciso valorizar o que se fez de bem e assumir o que se fez de menos bem, com a devida salvaguarda do tempo e do momento. As decisões que se tomam são sempre afectadas pela envolvência do momento e necessitam de ser analisadas sempre em contexto.
Na minha leitura o PS Nacional ainda não fez esta reflexão sobre o passado e isto está a condicionar o seu desempenho no presente e no futuro. O mesmo não se pode dizer do PS-Açores, por cá a reflexão foi feita e estamos a assistir a uma renovação para o futuro assente no bom capital do passado e nas boas práticas implementadas ao longo dos anos. Quer se goste ou não a renovação é visível, está a ser bem feita e resulta, têm aparecido ideias novas e pessoas novas.
Quando olho para o PSD-Açores, assisto a um desfilar de muitas pessoas que vêm do baú das memórias, não reconheço grande renovação, vejo figuras que já via no tempo do governo de Mota Amaral, salvo raras excepções. Gostaria de ver na liderança pessoas como Duarte Freitas, Bolieiro, entre outros. Mas aparentemente não existe margem de manobra para esta renovação necessária, porque talvez, ao contrário do que aconteceu com o PS-Açores, existe uma grande força nos que já deviam pertencer ao passado.

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