Portugal como
nós o conhecemos está assente em três datas muito distintas, o 1 de Dezembro, dia
da Restauração da Independência. O 5 de Outubro, dia da Implementação da Republica
e o 25 de Abril, fim da ditadura e início da implementação da Democracia. Estes tês dias
são fundamentais para a nossa identidade como Portugueses, fazem parte da nossa
afirmação como nação.
Até posso
compreender, se bem que duvido da eficácia da medida, que por motivos de força
maior possamos abdicar de dois deles em nome da “produtividade” nacional. O que
não compreendo é porque está a ser tão difícil existir o contraponto com os
feriados religiosos.
No Artigo 41.º, Liberdade
de consciência, de religião e de culto, da Constituição da República Portuguesa
vem plasmado a separação entre o Estado e as comunidades religiosas. Mesmo atendendo
à concordata assinada em 2004, por Durão Barroso, onde se reconhece algumas características
especiais na relação Estado entre Igreja, nomeadamente a marcação de dias
festivos religiosos como feriados. Que podem ser alterados por acordo, atendendo
artigo 3 do texto.
Custa-me ver a resistência
das entidades religiosas neste assunto, tendo Portugal abdicado de feriados que
comemoram datas tão importantes para a Nação, não vejo a razão para que a
Igreja não seja célere em abdicar de dois feriados, que a meu ver são menos
expressivos.
Na minha
opinião, e sendo Portugal um pais laico, não seria mais justo eliminar 4
feriados religiosos, pois estes só são motivo de celebração para parte da
população, compreendo que é a maior parte mas no que diz respeito aos feriados
civis a comemoração é de todos. É de uma Nação.
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