quinta-feira, 19 de abril de 2012

A Igreja que se Mexa!


Portugal como nós o conhecemos está assente em três datas muito distintas, o 1 de Dezembro, dia da Restauração da Independência. O 5 de Outubro, dia da Implementação da Republica e o 25 de Abril, fim da ditadura e início da implementação da Democracia. Estes tês dias são fundamentais para a nossa identidade como Portugueses, fazem parte da nossa afirmação como nação.
Até posso compreender, se bem que duvido da eficácia da medida, que por motivos de força maior possamos abdicar de dois deles em nome da “produtividade” nacional. O que não compreendo é porque está a ser tão difícil existir o contraponto com os feriados religiosos.
No Artigo 41.º, Liberdade de consciência, de religião e de culto, da Constituição da República Portuguesa vem plasmado a separação entre o Estado e as comunidades religiosas. Mesmo atendendo à concordata assinada em 2004, por Durão Barroso, onde se reconhece algumas características especiais na relação Estado entre Igreja, nomeadamente a marcação de dias festivos religiosos como feriados. Que podem ser alterados por acordo, atendendo artigo 3 do texto.
Custa-me ver a resistência das entidades religiosas neste assunto, tendo Portugal abdicado de feriados que comemoram datas tão importantes para a Nação, não vejo a razão para que a Igreja não seja célere em abdicar de dois feriados, que a meu ver são menos expressivos.
Na minha opinião, e sendo Portugal um pais laico, não seria mais justo eliminar 4 feriados religiosos, pois estes só são motivo de celebração para parte da população, compreendo que é a maior parte mas no que diz respeito aos feriados civis a comemoração é de todos. É de uma Nação.

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