Numa altura de
crise, criar consensos como foi feito em Portugal, a quando da assinatura do
acordo com a “Troika”, ou com o Acordo de Concertação Social e um capital que
não podemos por em risco. É esta capacidade de consenso que nos tem garantido
alguma segurança nos mercados e junto das instituições internacionais.
Infelizmente nos
últimos tempos o governo tem conseguido por em risco este capital, ou por se
recusar a negociar com o PS, ou por esticar a corda de tal forma que a UGT pode
voltar a traz com algumas decisões.
O governo não
pode esperar consensos se continuar a acossar os trabalhadores, pensionistas e
população em geral. O contínuo desinvestimento nas ferramentas que permitem
relançar a economia e o emprego, a trapalhada com a sustentabilidade da
Segurança Social, a dualidade de critérios em relação a determinadas classes. Tudo
isto tem contribuído para o aumentar dos atritos, e para que o trabalho que tem
de ser feito seja muito dificultado.
Portugal por
norma não é um país liberal, a nossa democracia está assente no ideal de estado
social, a agenda liberal do actual governo não é bem aceite pela generalidade
da população. Desta forma seria importante que o PPC, e equipa, analisasse bem
o país que governa e efectuasse as reformas de uma maneira consensual, porque a
legitimidade dada a quando das eleições não lhe permite fazer tudo o que quer,
sobretudo em tempos de crise onde as pessoas estão mais despertas e assustadas.
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