quinta-feira, 3 de maio de 2012

Os 20 dias de ausência ou os 20 dias de férias

Acredito que os inúmeros trabalhadores a recibos verdes existentes em Portugal, e em particular nos Açores, devem ter ficado com um sentimento de angústia ao ler as declarações da Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada a respeito da justificação para os 20 dias de ausência.
O lamento de estar sempre disponível para funções camarárias, em prejuízo da vida pessoal e familiar, choca todos aqueles que por força das circunstâncias são obrigados a trabalhar ininterruptamente, sem direito a férias e em prejuízo da vida familiar e pessoal, com o simples objectivo terem dinheiro suficiente para fazer face às despesas no final de cada mês.
Não questiono o direito às férias, todos nós devíamos ter este direito. Mas ao assumirmos um cargo público muitas vezes temos de fazer sacrifícios e concessões em benefício de um bem maior. Temos de ter o tal “espírito de missão”, adoptando este espírito não nos podemos lamentar, ou usar o argumento para as situações que nos interessam, porque quando o fazemos perdemo-lo e optamos pela teoria do “coitadinho” que trabalha muito que é incompreendido e que está a ser injustiçado.
 Pessoalmente não gosto de “coitadinhos”, nem que apelem ao meu sentimento de pena, as pessoas devem assumir o que fazem sem desculpas. Se tinha direito aos 20 dias em férias gozava os dias e justificava-os como tal, sem lamúrias ou apelos à compreensão.

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