Escola de Proximidade

Após ouvir as declarações da líder do PSD/A, relativas ao fecho de escolas na RAA, e a sua insistência no conceito de escola de proximidade, aproveitando as instalações existentes. Por princípio não discordo da líder do PSD/A, defendo o conceito de escola de proximidade, mas é preciso não confundir proximidade com comodismo.

Nos Açores, muito graças ao actual governo, não foi realizada a política de mega-agrupamentos escolares, não se fundiu escolas num raio de centenas de quilómetros, até porque a nossa geografia não o permite, o que foi feito foi agrupar alunos de escolas relativamente pequenas numa única escola, não muito distante, dotada de melhores meios, equipamentos e com uma gestão mais eficaz dos recursos.

As escolas desocupadas foram reaproveitadas pelas autarquias para desenvolver outros projectos, ou para albergar sedes de inúmeras instituições. Desta forma economizou-se, na construção de novas infraestruturas, e devolveu-se à comunidade espaços para uso social.

A meu ver as declarações foram em grande parte populistas, movidas pelo desejo de agradar o comodismo de alguma população. Uma escola de proximidade não significa ter uma escola em cada freguesia, ou em cada bairro, se for este o significada que lhe atribuem sugiro que a líder do PSD/A, enquanto Presidente da CMPD, altere as regras de licenciamento de edifícios de apartamentos e urbanizações para que estes obrigatoriamente contemplem um espaço para uma escola, cresce, jardim-de-infância, etc.

Flexibilizar!!!

Flexibilizar é a palavra do momento, é preciso flexibilizar o mercado de trabalho, independentemente de haver ou não trabalho para os flexíveis trabalhadores, é preciso flexibilizar o horário de trabalho, flexibilizar os vencimentos, flexibilizar, flexibilizar… flexibilizar.

De tanta flexibilidade com toda a certeza traremos umas quantas medalhas dos jogos olímpicos nas modalidades que… exigem flexibilidade.

Já agora não seria bom a “Troika” por em prática o que prega e flexibilizar o acordo, talvez assim Portugal possa tomar um fôlego e inverter a inflexível marcha do desemprego.

Tarde chuvosa

No meu retiro espiritual, como sempre realizado nas Furnas, espero impacientemente que uma fornada de bolos da sertã fique pronta, enquanto me divirto a contar pingos de chuva.

A Importância da Participação Jovem

De um modo geral muito se ouve falar do distanciamento dos jovens em relação á política. Compreendo que à luz dos acontecimentos dos últimos anos este distanciamento possa ser explicado, contudo existe a necessidade de alterar esta fatalidade.

É necessário promover a reaproximaçao entre os jovens e a política, é fundamental aproveitar o manancial de ideias, a infinita criatividade e a grande irreverência da juventude para enriquecer e mudar o panorama político nacional e regional.

Por todas estas razões é de valorizar a iniciativa da JS Açores, "Geração Activa Geração de Ideias" , seria igualmente desejável que outras juventudes partidárias seguissem o exemplo.

O Chapéu-de-chuva do Relvas

Como é comum o senhor ministro arranjou um chapéu-de-chuva para assumir a consequências. A demissão do adjunto do Ministro dos Assuntos Parlamentares, do meu ponto de vista, é uma cortina de fumo para proteger o Dr. Relvas, desviando as atenções das suas possíveis implicações no assunto. Pois não me cabe na cabeça que um ministro não saiba que contactos tem um dos seus adjuntos, ainda por cima se estes são com alguém importante e polémico.

Mais uma vez estamos a assistir a manobras para embrulhar tudo de modo a que nunca sejam tiradas conclusões e mais uma vez a culpa vai morrer solteira.

O Menino Bonito da Sr.ª Merkel



Michele Tantussi/Bloomberg via Getty Images

O nosso primeiro-ministro é sem sombra de dúvidas o menino bonito da Sr.ª Merkel e está à espera que esta lhe atire um “osso”, ou então um grande “lambe botas”, só assim se compreende as declarações relativas aos “eurobonds”. Não percebo como é que o PM de um país que beneficiaria enormemente com esta medida declara que a mesma não deve ser aplicada.

É Ver a Alemanha a Rir

A crise na Zona Euro tem tido como principal beneficiário a Alemanha, actualmente todos os alemães deviam estar a beber uma bela caneca e a rir-se dos restantes Europeus.

Ora vejamos, graças à crise no resto da europa, os seus salários vão ser aumentados para estimular o consumo interno e aumentar as importações. Assim vão florescer os pequenos negócios e a economia alemã vai continuar a crescer em torno de dois grandes pilares, mercado interno e exportações. Enquanto todos os outros esperam que os “grandes” alemães lhes comprem uns produtos para aumentarem as suas exportações.

Aliado a tudo isto as taxas de juro cobradas pelos mercados à Alemanha estão próximas do zero, muito à custa da descrença nas capacidades dos restantes países. E os bancos alemães estão de boa saúde pois a Sr.ª Merkel à ganhou-lhes tempo suficiente para reduzirem a sua exposição às dividas dos países periféricos.

Em suma os Alemães riem-se da Europa, e nós deixamos.

O Fosso

Típico do Tio Alberto

As declarações do Presidente da Região Autónoma da Madeira são espelho de uma mentalidade oportunista, como quase tudo naquele senhor, enquanto à dinheiro e fundos da União Europeia, “porreiro”, estamos dentro e vamos aproveitar, quando surge as responsabilidades, “que se lixe”, vamo-nos embora, queremos sair.

Este tipo de discurso, e de pensamento, é a razão pela qual ele se mantem no poder desde 1978 e é igualmente a razão pela qual actualmente a Madeira está na situação em que está.

O Ministro das Confusões e das Pressões

No actual governo temos um ministro que semeia confusão e distribui pressão. O Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares tem uma forma muito peculiar de fazer politica. Usa muito as relações pessoais, é pouco formal, trata os assuntos com muita ligeireza e efectua uma enorme pressão sobre todo o sistema.

Esta forma de fazer politica não é novidade em Portugal, sempre existiu ministros com este papel, mas no caso actual as confusões já são em demasia para tão pouco tempo, desde o caso das secretas e das mensagens, passando pelas declarações sobre a “esquizofrenia” da Administração Local, e pelo caso Rosa Mendes, até ao mais recente, a pressão na forma de ameaças sobre uma jornalista.

O actual governo está a perder a popularidade e a base de suporte como demonstram as mais recentes sondagens e estes casos, envolvendo o número dois do governo, contribuem ainda mais para a descrença no actual executivo. Caso se prove estas ameaças a única atitude será o PPC retirar a confiança no MR e pedir a sua demissão, para bem da liberdade e da democracia.

A Queda da Democracia.

Hoje li uma das mais absurdas declarações de que tenho memória, fiquei chocado!

O antigo Presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, defendeu, durante uma aula num Instituto Americano, que as instituições Europeias possam gerir um estado-membro, se este não for capaz de implementar medidas recomendadas pela Europa.

Este senhor deve estar louco, uma medida desta natureza levaria com toda a certeza ao florescimento de movimentos nacionalistas e extremistas dentro dos países intervencionados, o que em última estância poderia provocar umas quantas guerras civis, perdendo-se uma das principais razões da criação da Comunidade Europeia. A Paz.

Estas declarações só podem ser fruto da pressão dos mercados face ao que está a acontecer na Grécia, mas o poder financeiro ainda não percebeu que todo o tipo de medidas que constrinjam a liberdade, são contra producentes e podem levar a um desmembrar efectivo da União e a um verdadeiro caos financeiro, social e político.

Estamos "Presos" à Grécia

As entidades europeias podem gritar aos sete ventos que estão preparadas para a saída da Grécia do Euro, que a banca aguenta, que não existirá contágio aos restantes países, etc.. Mas a verdade é que os "senhores" mercados já estão a afirmar que a saída da Grécia terá um efeito directo no rating dos restantes países e efeitos devastadores em países como Portugal, Irlanda, Espanha e Itália.

Estamos "presos" à Grécia e as entidades Europeias já perceberam, só assim se compreende a absurda tentativa de imposição de um governo de tecnocratas, o que não foi possível ainda bem para a democracia. Agora com a convocação de novas eleições todos os cenários são possíveis, e cabe às instituições europeias decidir se deixam cair, ou não, a Grécia.

Para o bem da Europa, e da democracia, espero que se consiga um acordo que permita de uma vez por todas estancar a crise, este acordo tem de ser unanimo e não se deve pautar só pela austeridade, porque se assim for o que aconteceu nas eleições gregas poderá acontecer noutros países.

Boas "Notícias"

Hoje o nosso primeiro ministro deu-nos uma boa noticia. Estar desempregado é bom, é uma oportunidade, se assim for que a taxa suba até 100%, depois mudamos todos de vida e construímos um País Novo.
Passos ACORDA, olha á tua volta estamos em recessão não há oportunidades para os desempregados, não existe grandes hipóteses de mudança de carreira e não podemos ser todos empreendedores.
Estou farto de um primeiro ministro que parece não compreender a realidade do País e que vê os cidadãos como números numa folha de calculo.

Estamos em 5º Lugar!!!

O problema é que não falo de futebol mas sim do relatório da Unicef que aponta Portugal como o 5º pior país, da Europa, no que diz respeito às condições de vida das crianças.

O relatório aponta como principais razões a degradação da situação económica das famílias, o que provoca problemas ao nível da habitação, saúde e em alguns casos alimentação. Aliado a este facto hoje as previsões da Comissão Europeia revêm em alta o nível do desemprego para Portugal o que provocará uma maior degradação das condições sociais e económicas das famílias.

Num cenário destes é necessário que o governo pare um pouco, pense e olhe para os Portugueses não como números ou dados estatísticos, mas como pessoas.

Dia da Europa

A Vitória do Desespero

O que se assistiu este fim de semana na Grécia foi sem sombra de dúvidas a vitória do desespero, do descontentamento e da descrença em relação às políticas impostas. Pelo que li o povo não questiona a permanência na Comunidade Europeia, ou mesmo a permanência na Zona Euro, o povo está pura e simplesmente cansado, sem perspectivas e a sofrer. Existe limites ao que se pode exigir e no caso da Grécia este limites já foram atingidos.

Só assim se pode compreender os resultados eleitorais, com uma dispersão de resultados que vai impossibilitar a formação de um governo estável, o que levará sem sombra de dúvidas a novas eleições. E a incrível subida da esquerda radical e da extrema-direita, o que no panorama, previsível, de novas eleições poderá significar uma mudança radical nos partidos da governação colocando em questão a unidade da Zona Euro e da própria Comunidade Europeia.

Espero que o resultado das eleições Gregas sirva de lição aos restantes líderes Europeus e que estes de uma vez por todas incluam medidas de crescimento económico no pacto, pois é preciso estancar o radicalismo que se avizinha.

Viva o FC PORTO!!!

Mas alguém tinha duvidas!!!

Os não tão fracos

Estávamos todos à espera de uma goleada do Benfica, mas o Leiria foi muito forte, apesar de jogar com juniores. O 1-0 sabe quase a vitória!!

Os 20 dias de ausência ou os 20 dias de férias

Acredito que os inúmeros trabalhadores a recibos verdes existentes em Portugal, e em particular nos Açores, devem ter ficado com um sentimento de angústia ao ler as declarações da Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada a respeito da justificação para os 20 dias de ausência.

O lamento de estar sempre disponível para funções camarárias, em prejuízo da vida pessoal e familiar, choca todos aqueles que por força das circunstâncias são obrigados a trabalhar ininterruptamente, sem direito a férias e em prejuízo da vida familiar e pessoal, com o simples objectivo terem dinheiro suficiente para fazer face às despesas no final de cada mês.

Não questiono o direito às férias, todos nós devíamos ter este direito. Mas ao assumirmos um cargo público muitas vezes temos de fazer sacrifícios e concessões em benefício de um bem maior. Temos de ter o tal “espírito de missão”, adoptando este espírito não nos podemos lamentar, ou usar o argumento para as situações que nos interessam, porque quando o fazemos perdemo-lo e optamos pela teoria do “coitadinho” que trabalha muito que é incompreendido e que está a ser injustiçado.

 Pessoalmente não gosto de “coitadinhos”, nem que apelem ao meu sentimento de pena, as pessoas devem assumir o que fazem sem desculpas. Se tinha direito aos 20 dias em férias gozava os dias e justificava-os como tal, sem lamúrias ou apelos à compreensão.

Coligação? Feita por Cá? Ou por Lá?

A notícia da disponibilidade da líder do PSD/Açores para governar em coligação deixou-me com uma pequena dúvida. Será esta uma decisão pessoal e do PSD/Açores, ou será uma imposição por parte do PSD Nacional de forma a sedimentar a coligação governamental, evitando atritos como acontece na Madeira.

Não sou contra coligações, estas podem ser benéficas para garantir uma forte base de apoio a um governo. No entanto prefiro que sejam assumidas antes das eleições, pois conhecer o programa de governo é fundamental para decidir em quem vou votar.