segunda-feira, 30 de abril de 2012

O PEC de Camuflado

Afinal é PEC ou não é PEC?
Não é PEC (Plano de Estabilidade e Crescimento) é DEO (Documento de Estratégia Orçamental), mas tem de conter uma versão simplificada do PEC, afirma a Comissão Europeia. Não sendo um PEC o Governo não tem de submeter à Assembleia da República para discussão, bastara dar conhecimento e enviar para Bruxelas. Mas contendo um PEC seria expectável que este fosse discutido pelos representantes do povo.
Aqui está mais uma embrulhada de siglas, que levaram a mais uma confusão de palavras e informações, não sendo tão grave como a atitude de Sócrates no caso do PEC IV, devido à diferença de documento, não deixa de ser inconsistente com a suposta política de clareza e abertura do governo. E acima de tudo não havendo discussão no parlamento os Portugueses perdem a oportunidade de conhecer e de contribuir para a estratégia orçamental do governo.

Basta uma Imagem

sábado, 28 de abril de 2012

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Somos Todos Filhos de Abril

Um dia depois das comemorações do trigésimo oitavo aniversário do 25 de Abril, atrevo-me a proferir que somos todos “Filhos de Abril”. As conquistas de Abril estão, ou deveriam estar vivas dentro de nós, quase tudo o que hoje temos foi fruto dos três “D” de Abril, Descolonizar, Democratizar, Desenvolver.
O fim da guerra colonial e a respectiva descolonização foi o primeiro objectivo a ser concretizado, bem ou mal, foi feito e assim evitou-se o continuar de uma situação muito penalizadora para o País, do ponto de vista social e económico.
Actualmente Portugal possui óptimas relações com todos os países que outrora foram colónias e estes representam uma mais-valia para a recuperação económica, pois são parceiros económicos por excelência de Portugal, fruto de uma ligação histórica alicerçada numa língua em comum.
A Democracia foi o segundo objectivo a ser cumprido, apesar de uns primeiros anos atribulados, como é normal num período pós-revolucionário. Portugal conseguiu evoluir para uma democracia estável. Contudo como em todas as democracias não podemos “dormir” à sombra do adquirido, é necessário continuar a trabalhar a nossa democracia, aprofunda-la e trazer as gerações mais jovens para os ideais democráticos, fomentando uma participação activa nos processos de decisão quer seja através dos partidos políticos ou da sociedade civil.
O Desenvolvimento, este objectivo está tão presente hoje como esteve no dia 25 de Abril de 1974. Desenvolver o País é algo que nunca é totalmente atingido, não existe países completamente desenvolvidos, existe sempre a necessidade de fazer mais e melhor.
Conseguimos nos últimos 38 anos grandes vitórias ao nível do desenvolvimento, o Sistema nacional de Saúde, que em muito contribui para ao aumento da esperança de vida, para a diminuição da taxa de mortalidade infantil, para as melhorias da qualidade de vida, etc.
A escolaridade, actualmente somos um país com mais e melhores qualificações a todos os níveis, temos uma boa escola pública, bem equipada, na sua generalidade, com docentes bem formados e capazes de fazer sobressair o que de melhor têm os nossos Jovens.
Podia continuar a falar das vitórias, pois são muitas mais, mas o mais importante actualmente é garantir que todo este esforço não foi em vão, é preciso continuar a apostar no desenvolvimento do Pais, é preciso fomentar o desenvolvimento económico como garantia de sustentabilidade para o que consideramos o estado social. Não podemos continuar a apostar só no equilíbrio das contas públicas pela via da austeridade, temos de apostas no equilíbrio das contas públicas também pela via do desenvolvimento.
Foi por esta razão que considero o discurso proferido ontem pelo Presidente da República, Professor Cavaco Silva, como sendo um dos mais fracos que tenho memória, foi centrado simplesmente na necessidade da melhoria da nossa imagem externa, e na coesão social. Este discurso quando comparado com o de à um ano é quase contraditório à vista do que aconteceu nos últimos meses. Faltou chama, faltou aquilo a que ele chama magistratura de influência, num país onde cada vez mais se assiste a desigualdades sociais e ao desaparecimento da classe média. Estava à espera de um discurso mais interventivo e virado para dentro, para os sacrifícios que temos feito, e para a necessidade de estes serem equilibrados com o “D” de desenvolvimento. Faltou um alerta ao governo para que olhe não só para os mercados, mas também para as pessoas, faltou uma luz, que nos indique o fundo do túnel.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Até Sempre...

Hoje a Democracia Portuguesa está de luto pelo precoce desaparecimento de um grande homem e de um grande deputado. Miguel Portas

Sentimento Pré-revolucionário

Não sei porquê mas hoje estou com um sentimento pré-revolucionário... Desta forma aqui segue:



Tourada
Não importa sol ou sombra
Camarotes ou barreiras
Toureamos ombro a ombro as feras
Ninguém nos leva ao engano
Toureamos mano a mano
Só nos podem causar dano esperas
Entram guizos, chocas e capotes
E mantilhas pretas
Entram espadas, chifres e derrotes
E alguns poetas
Entram bravos, cravos e dichotes
Porque tudo mais são tretas
Entram vacas depois dos forcados
Que não pegam nada
Soam bravos e olés dos nabos
Que não pagam nada
E só ficam os peões de brega
Cuja profissão não pega
Com bandarilhas de esperança
Afugentamos a fera
Estamos na praça da Primavera
Nós vamos pegar o mundo
Pelos cornos da desgraça
E fazermos da tristeza graça
Entram velhas, doidas e turistas
Entram excursões
Entram benefícios e cronistas
Entram aldrabões
Entram marialvas e coristas
Entram galifões de crista
Entram cavaleiros à garupa
Do seu heroísmo
Entra aquela música maluca
Do passodoblismo
Entra a aficcionada e a caduca
Mais o snobismo e cismo
Entram empresários moralistas
Entram frustrações
Entram antiquários e fadistas
E contradições
E entra muito dólar, muita gente
Que dá lucro aos milhões
E diz o inteligente que acabaram as canções
Lalalala lala lala lala... lalala lala...
Lalalala lala lala lala... lalala lala...
Lalalala lala lala lala... lalala lala... la la...
Lalalala lala lala lala... lalala lala...
Lalalala lala lala lala... lalala lala...
Lalalala lala lala lala... lalala lala... la la...


Musica: Fernando Tordo
Letra:  José Carlos Ary dos Santos

Comentários Absurdos


Costumo a insistir com as pessoas para que pensem antes de falar, este pequeno momento de reflecção evita, muitas vezes, constrangimentos e lapsos. Parece que muitos políticos quando confrontados com situações, ou notícias, incómodas limitam-se a reagir sem pensar e fazem afirmações absurdas.
Ainda à pouco tempo o Passos referiu-se à possibilidade de uma denuncia do acordo de concertação social pela UGT, como influencia da proximidade do 1º de Maio. Ontem João Jardim referiu-se às investigações do DCIAP como “comemorações abrileiras”, fazendo referência à proximidade do dia 25 de Abril. E hoje vem outra vez PPC referir-se à não comparência de Mário Soares e Manuel Alegre nas comemorações oficias do 25 de Abril, como necessidade de protagonismo, como estas duas figuras precisassem de usar esta data para ter protagonismo político.
A mim parece-me que existe datas incómodas para o actual governo o 25 de Abril, e o 1º de Maio são umas delas, pois faz-nos lembrar ideais que estão a ser fortemente atacados.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O Grande Problema da Direita na Europa



Por incrível que pareça o grande problema da direita no panorama da política europeia não é só a obsessão com a austeridade mas também os partidos que se encontram à sua própria direita, a extrema-direita.
Os povos dos países do “sul” estão cansados com as políticas de austeridade cega e com as fracas iniciativas de apoio ao crescimento económico, vê-se este cansaço nas sondagens, nas manifestações populares, e nas intervenções públicas dos parceiros sociais e sociedade civil em geral. Este tipo de cansaço está a provocar um declínio da dita direita e uma ascensão dos partidos de esquerda, e de extrema-direita.
O aumento de poder da extrema-direita muito possivelmente custar a reeleição do actual presidente Francês, ainda bem porque a Europa necessita de um reequilíbrio de forças. E fez cair o primeiro-ministro Holandês.
O discurso populista, demagógico e anti europeu da extrema-direita faz furor em muitos países, o que é perigoso, basta lembrarmo-nos do clima Europeu do início dos anos 30 do seculo passado. Não simpatizo muito com políticas de direita, a mim, alegra-me o facto de a sua popularidade estar a diminuir, agora preocupa-me muito a ascensão de partidos nacionalistas como o da senhora Le Pen.

Promessas e Discursos Eleitorais em Tempo de Crise.

O acto de prometer é comum, por parte da classe política, em períodos de pré-campanha, e campanha, eleitoral. O votante incauto muitas vezes se sente enganado pelas promessas feitas e fica rapidamente desiludido com quem elegeu. Está a acontecer em Portugal, todos nós nos lembramos das promessas de PPC a quando das eleições, e todos nós também sabemos quantas cumpriu.
Foi por esta razão que gostei do discurso de Vasco Cordeiro no jantar com simpatizantes. Foi um discurso simples, directo, ajustado à realidade e onde se antevê um rumo e um ideal para o futuro da nossa Região Autónoma.
Foi um discurso de quem conhece os Açores e se prepara para um governo que terá dificuldades, é certo, mas que, com base no capital adquirido ao longo dos últimos anos, saberá as ultrapassar, valorizando o nosso principal capital, os Açorianos, sem descurar as famílias e as empresas que são o principal motor da retoma.
O discurso de Vasco Cordeiro, ao contrário de outros que ouvi, não foi um debitar de promessas vãs, não transpareceu uma agenda oculta e não está submetido aos interesses do Governo da República.
Gostaria de ver esta atitude noutros candidatos para o bem da pluralidade e da transparência, gostaria de ver a abdicação de cargos públicos, por parte de outros candidatos, em prol de um melhor informar os Açoriano, ao invés de usar cargos os ocupados para fazer campanha.

sábado, 21 de abril de 2012

Momentos

Todos nós temos um local especial para onde fugimos. Este é o meu... Furnas.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Memórias de Risos nas Tardes de Domingo


Numa altura de crise uma das primeiras coisas a ser afectada é o riso, as pessoas andam sorumbáticas, tristonhas, a pensar na vida, nas contas para pagar, no emprego. Enfim em todos os problemas que tínhamos antes, mas agravados pela falta de confiança que provoca uma crise.
Foi com este estado de espirito que ao ler os jornais hoje de manhã verifiquei que no dia 20 de abril de 1993, faleceu uma das figuras que me fez rir em criança o “Cantinflas”, o meu pai adorava ver os filmes, quando estes passavam na RTP-Açores aos domingos à tarde.
Veio-me à memória tardes bem passadas a rir na companhia do meu “velhote” a ver o imortal “Cantinflas” com o seu jeito inocente, malicioso e trapalhão, num canal que espero eu não desapareça.

O “Inside Job” Português


Foi com alguma surpresa e admiração que assisti à acesa troca de argumentos entre Eduardo Catroga, Chairman da EDP, e Medina Carreira, o “Nostradamus” da política portuguesa. Por norma não estou de acordo com o Prof. Medina Carreira, acho o estilo exagerado e alarmista, contudo nesta situação não podia deixar de concordar com ele.
O actual Chairman da EDP fez parte da equipa que negociou com a “Troika”, fez parte da equipa que preparou o actual programa de governo. Passou o último ano a defender os cortes nas supostas “gorduras do estado”, entre elas estavam as rendas excessivas pagas às eléctricas.
Agora o Prof. Eduardo Catroga, troca de camisola e aparece no outro lado da barricada, ainda não sabemos como foi nomeado, a ganhar uma fortuna e a defender tudo aquilo contra o qual se manifestou e possuindo, suponho eu quase sem duvidas, algumas informações privilegiadas sobre todo o processo.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Calem-se!!! Por Favor…

E eis que veio o PPC dizer que a ameaça da UGT de denunciar o acordo de Concertação Social é consequência da proximidade do 1º de Maio. Esta atitude não só lhe caiu mal, como prova que o actual governo está a léguas da realidade do país. Os contínuos erros de comunicação, lapsos e entrevistas estão a prejudicar a credibilidade necessária para resolver os desafios do futuro.
Por cá também erramos, e cometemos lapsos como aconteceu hoje com o presidente do grupo parlamentar do PS-Açores, o erro e o lapso pode a até ser pedagógico, desde que tiremos algumas lições com eles. Tenho a certeza que Berto Messias aprenderá com o seu lapso. Ao contrário do que tem acontecido com o nosso actual Primeiro-ministro, e respectiva equipa.
Até porque, como diz a sabedoria popular, errar é humano, insistir no erro é “burrice”, sem querer ofender os burros, que até são animais relativamente espertos.

Pensamento Para o Futuro!!




Win or lose, sink or swim
One thing is certain well never give in
Side by side, hand in hand
We all stand together
Play the game, fight the fight
But what's the point on a beautiful night?
Arm in arm, hand in hand
We all stand together
La-
Keeping us warm in the night
La la la la
Walk in the night
Youll get it right
Repeat
Win or lose, sink or swim
One thing is certain well never give in
Side by side, hand in hand
We all stand together

Paul McCartney We All Stand Together Lyrics

A Igreja que se Mexa!


Portugal como nós o conhecemos está assente em três datas muito distintas, o 1 de Dezembro, dia da Restauração da Independência. O 5 de Outubro, dia da Implementação da Republica e o 25 de Abril, fim da ditadura e início da implementação da Democracia. Estes tês dias são fundamentais para a nossa identidade como Portugueses, fazem parte da nossa afirmação como nação.
Até posso compreender, se bem que duvido da eficácia da medida, que por motivos de força maior possamos abdicar de dois deles em nome da “produtividade” nacional. O que não compreendo é porque está a ser tão difícil existir o contraponto com os feriados religiosos.
No Artigo 41.º, Liberdade de consciência, de religião e de culto, da Constituição da República Portuguesa vem plasmado a separação entre o Estado e as comunidades religiosas. Mesmo atendendo à concordata assinada em 2004, por Durão Barroso, onde se reconhece algumas características especiais na relação Estado entre Igreja, nomeadamente a marcação de dias festivos religiosos como feriados. Que podem ser alterados por acordo, atendendo artigo 3 do texto.
Custa-me ver a resistência das entidades religiosas neste assunto, tendo Portugal abdicado de feriados que comemoram datas tão importantes para a Nação, não vejo a razão para que a Igreja não seja célere em abdicar de dois feriados, que a meu ver são menos expressivos.
Na minha opinião, e sendo Portugal um pais laico, não seria mais justo eliminar 4 feriados religiosos, pois estes só são motivo de celebração para parte da população, compreendo que é a maior parte mas no que diz respeito aos feriados civis a comemoração é de todos. É de uma Nação.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

A Necessidade de Consensos

Numa altura de crise, criar consensos como foi feito em Portugal, a quando da assinatura do acordo com a “Troika”, ou com o Acordo de Concertação Social e um capital que não podemos por em risco. É esta capacidade de consenso que nos tem garantido alguma segurança nos mercados e junto das instituições internacionais.
Infelizmente nos últimos tempos o governo tem conseguido por em risco este capital, ou por se recusar a negociar com o PS, ou por esticar a corda de tal forma que a UGT pode voltar a traz com algumas decisões.
O governo não pode esperar consensos se continuar a acossar os trabalhadores, pensionistas e população em geral. O contínuo desinvestimento nas ferramentas que permitem relançar a economia e o emprego, a trapalhada com a sustentabilidade da Segurança Social, a dualidade de critérios em relação a determinadas classes. Tudo isto tem contribuído para o aumentar dos atritos, e para que o trabalho que tem de ser feito seja muito dificultado.
Portugal por norma não é um país liberal, a nossa democracia está assente no ideal de estado social, a agenda liberal do actual governo não é bem aceite pela generalidade da população. Desta forma seria importante que o PPC, e equipa, analisasse bem o país que governa e efectuasse as reformas de uma maneira consensual, porque a legitimidade dada a quando das eleições não lhe permite fazer tudo o que quer, sobretudo em tempos de crise onde as pessoas estão mais despertas e assustadas.

Porque Sim


Evolução
Fui rocha em tempo, e fui no mundo antigo
tronco ou ramo na incógnita floresta...
Onda, espumei, quebrando-me na aresta
Do granito, antiquíssimo inimigo...

Rugi, fera talvez, buscando abrigo
Na caverna que ensombra urze e giesta;
O, monstro primitivo, ergui a testa
No limoso paúl, glauco pascigo...

Hoje sou homem, e na sombra enorme
Vejo, a meus pés, a escada multiforme,
Que desce, em espirais, da imensidade...

Interrogo o infinito e às vezes choro...
Mas estendendo as mãos no vácuo, adoro
E aspiro unicamente à liberdade.

 Antero de Quental, in "Sonetos"

A Importância do Passado e a Renovação Política


Ontem fui desafiado por um amigo, que prefere passeios por laranjais a desfrutar da beleza dos roseirais, a reflectir um pouco sobre a situação do PS Nacional, mais concretamente sobre a possível “guerra” entre “socratistas” e “seguristas”. Achei o desafio interessante e aquando do meu momento reflexivo vespertino a minha mente vagueou pela temática e recaiu sobre a importância do passado.
A meu ver para perspectivar o futuro é necessário assumir o passado, mesmo que seja para efectuar ruturas, é preciso valorizar o que se fez de bem e assumir o que se fez de menos bem, com a devida salvaguarda do tempo e do momento. As decisões que se tomam são sempre afectadas pela envolvência do momento e necessitam de ser analisadas sempre em contexto.
Na minha leitura o PS Nacional ainda não fez esta reflexão sobre o passado e isto está a condicionar o seu desempenho no presente e no futuro. O mesmo não se pode dizer do PS-Açores, por cá a reflexão foi feita e estamos a assistir a uma renovação para o futuro assente no bom capital do passado e nas boas práticas implementadas ao longo dos anos. Quer se goste ou não a renovação é visível, está a ser bem feita e resulta, têm aparecido ideias novas e pessoas novas.
Quando olho para o PSD-Açores, assisto a um desfilar de muitas pessoas que vêm do baú das memórias, não reconheço grande renovação, vejo figuras que já via no tempo do governo de Mota Amaral, salvo raras excepções. Gostaria de ver na liderança pessoas como Duarte Freitas, Bolieiro, entre outros. Mas aparentemente não existe margem de manobra para esta renovação necessária, porque talvez, ao contrário do que aconteceu com o PS-Açores, existe uma grande força nos que já deviam pertencer ao passado.

terça-feira, 17 de abril de 2012

A Conveniente Falta de Dinheiro


Existe uma notória falta de dinheiro todos nós sabemos e sentimos, quer seja por via dos cortes salariais, dos impostos extraordinários da diminuição das deduções fiscais, etc. O que me irrita é quando esta falta serve de justificação conveniente para impedir investigações inconvenientes.
A meu ver é isto que está a acontecer com o caso dos submarinos, o PGR vem afirmar que não tem dinheiro para prosseguir uma investigação que poderá por a descoberto um dos mais lesivos negócios do estado, que por coincidência teve como principais intervenientes o actual Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e uma empresa alemã a Ferrostaal.

A Qualidade do Ensino e o Número de Alunos


Foi anunciado pelo Governo da República o aumento do número de alunos por turma, a partir do 5º, passa dos actuais 28 para 30. Gostaria de saber a justificação pedagógica para este aumento, porque a economicista eu sei. Quem tem experiencia de ensino sabe que uma turma demasiado grande por norma não é homogénea, logo é muito mais difícil garantir uma boa qualidade de ensino, e preservar as especificidades individuais.
Todas a acções que têm sido tomadas pelo Ministério da Educação vão contra os relatórios externos, não tarda nada tudo o que se consegui ao nível da evolução educativa nos últimos anos estará perdido e cada vez mais o bom ensino será só para alguns.
Ainda bem que vivo nos Açores, porque, apesar de todas as nossas falhas, ainda conseguimos preservar um ensino com alguma qualidade.
Gostaria de saber a opinião dos candidatos a respeito destas medidas, sobretudo as do PSD e do CDS. Será que vão obedecer às instruções do “Grande” líder PPC? Ou vão fazer valer a nossa autonomia nestes assuntos?
P.S.- Espero que não voltemos a ter salas como a da imagem.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Dívida Vs. Benefícios Futuros Vs. Encargos Futuros


Muito se tem falado dos supostos encargos futuros, foi temática recorrente do Governo da República relativamente a decisões tomadas por antigas administrações. Na região foi arma de arremesso do PSD- Açores relativamente às SCUTS, ao Hospital de Angra e ao novo Centro de Radio Terapia.
Quem ouve noticias sobre este assunto, pensa que estamos a hipotecar o nosso futuro, isto porque adquirimos um preconceito em relação às dívidas, contudo se analisarmos melhor o assunto vemos que são mais as vantagens do que as desvantagens. Pois estamos a deixar infraestruturas que em muito beneficiarão a qualidade de vida das gerações vindouras, e que muitas vezes são reprodutivas e geram riqueza. A aposta dos Açores foi em parcerias que em muito vão beneficiar as populações, agora e num futuro a médio e longo prazo. Este tipo de encargo, no futuro será marginal em relação aos benefícios.
A divida Açoriana é diminuta, quando comparada com outras, à escala da nossa Região e controlada, a crer no INE, BCE, entre outros. Desta forma foi feita, a meu ver, uma aposta cautelosa no futuro e nos benefícios que dai virão, ao contrário do que aconteceu e acontece em Portugal ao longo dos anos.
Em jeito de conclusão, quase todos nós tomamos decisões que derivam em encargos futuros, uns bons, outros menos bons, por exemplo se comprarmos uma casa, a crédito, estamos a assumir um encargo para uma vida, mas que em última instância torna-se numa mais-valia, para nós se pagarmos o crédito em vida, ou para os nossos filhos que usufruirão dela sem encargos a quando da nossa morte. Agora se comprarmos umas férias a crédito, vamos assumir encargos que pouco retorno terão, talvez só umas boas memórias, neste caso será bom pensar duas vezes.

Dr.ª Berta Tira, a passos, coelhos da Cartola


Foi com pompa e circunstância que Passos coelho se dirigiu ao congresso do PSD-Açores. O Primeiro-Ministro foi recebido de aplausos e com muitas palmadinhas nas costas, retribui o favor elogiando a actual líder do PSD-Açores. Pelo meio, algumas, promessas demagógicas de ambas as partes, salientando a redução das tarifas aéreas, algo que 99% dos Açorianos queriam ouvir.
Esta colagem do PSD-Açores ao actual primeiro-ministro é algo que me cai muito mal, este facto não vem só de não suportar PPC, mas sobretudo por considerar tal colagem o início, caso o PSD ganhe as regionais, de uma capitulação dos interesses dos Açorianos aos interesses defendidos por PPC, e por conseguinte uma perda de autonomia, conquistada a ferros pelo actual governo durante os últimos 16 anos.
O ámen dado pelo PSD-Açores ao PSD nacional não é um bom auguro, vejamos o que aconteceu na Madeira, onde actualmente a autonomia foi reduzida a zero, se bem com muitas culpas do PSD-Madeira. Ou mesmo o que se passou no período em que Mota Amaral eram presidente do GRA, onde os nossos ganhos autonómicos foram reduzidos.
Os Açores têm-se pautado por uma governação em prol dos Açorianos, nos últimos 16 anos, conseguimos triunfos importantes, é preciso manter esta linha, é preciso fincar pé a mudanças que só viriam prejudicar a nossa autonomia e a nossas boas práticas.
O congresso do PSD-Açores foi simplesmente um desfilar de “velhas” figuras e poucas ideias, o que transpareceu foi ataque ao actual governo e muito poucas ideias credíveis e exequíveis. Desta forma acredito que a mudança necessária virá com as novas figuras que têm surgido dentro do PS-Açores, alicerçadas no saber já instituído, e não num voltar a figuras que desapareceram em 1996 e que aparecem camufladas como novas.
P.s.- Por norma não costumo escrever muito sobre política regional mas não consegui resistir.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

A Triste Marcha dos Desesperados

Ao longo da história assistimos a episódios dramáticos denominados de “Grande Marcha”, estes aconteceram sobretudo durante a 2ª Grande Guerra com a “Marcha da Morte” levada a cabo pelos prisioneiros de diversos campos de concentração nazis, ou a “Marcha da Morte de Bataan”, levada a cabos por prisioneiro de guerra Americanos e Filipinos. Assistimos também à “Grande Marcha” na china, que consagrou o domínio de Mao Tsé-tung à frente dos desígnios do Partido Comunista Chines.

Actualmente, em Portugal, estamos a assistir a mais uma marcha, a “Triste Marcha dos Desesperados”, não é uma marcha como as outras da história, ou mesmo uma marcha de cariz desportivo, é uma marcha de milhares de portugueses para os centros de emprego, é uma marcha de jovens e menos jovens que necessitam de trabalho para sobreviver e para recuperar a sua dignidade. Basta ver as constantes reportagens sobre o assunto para percebermos o desespero destas pessoas, que de um momento para o outro viram o seu mundo virado do avesso.
Custa ouvir o discurso destes milhares de pessoas que lutam diariamente por conseguir algum sustento. Mas custa ainda mais ouvir o discurso do governo, que no meio desta tempestade decide diminuir o estado social, flexibilizar ainda mais as regras laborais, facilitando os despedimentos.
Actualmente Portugal está em plena crise não só económica mas também social, e assistimos a uma ineficácia por parte do poder político para tomar medidas que tragam alguma esperança para todos os “desesperados” que marcham diariamente à procura de um trabalho.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

O Comentador que é Primeiro-ministro nas Horas Vagas.

Muitas vezes não sei se temos um Primeiro-Ministro ou um comentador político. Já me cansa ver o PPC a falar por tudo e por nada na televisão, ou ler as suas entrevistas em jornais. Será que o sujeito tem tantas dúvidas nas suas competências, ou pouco para fazer, para que tenha a necessidade constante de aparecer a dar explicações e a corrigir os males entendidos que o seu Governo comete.
Sou a favor da informação, o governo deve comunicar com os cidadãos, mas para tal não é necessário desdobrar-se a dar entrevistas. Temos os debates quinzenais no Parlamento e os briefings dos Concelhos de Ministros. Isto devia bastar, mas como a coordenação entre os membros do governo é tão má surge esta necessidade extrema de ser “comentador”.
Senhor Primeiro Ministro, uma boa gestão do tempo é essencial para o sucesso, por favor use o tempo que gasta em dar entrevistas de fundo para coordenar os seus Ministros e poupe-nos de ver, rever, ler e reler a mesma coisa todas as semanas.  

A Austeridade, os Exames, os Chumbos e a OCDE

Pouco tempo depois da “brilhante” e populista ideia do Ministro da Educação de impor exames do 4º ano, aparecer um relatório demolidor da OCDE.
O relatório indica que em Portugal o nível de “chumbos” é excessivo, o peso atribuído às notas é demasiado, e acima de tudo estamos a perde o foco no aluno como centro do processo de ensino. O dito relatório também foca o facto das políticas de austeridade estarem a afectar de sobremaneira o ensino em Portugal.
Em suma, e na minha interpretação, se queremos ter um ensino de qualidade devemos encarar o aluno como centro do processo, deveremos valorizar as suas aprendizagens e respeitar o seu desenvolvimento singular.
E é importante o investimento na recuperação dos estabelecimentos de ensino, pois ter escolas onde os alunos e toda a comunidade educativa se sinta bem é factor primordial para o sucesso. Muito se falou na Parque-Escolar e nos “luxos” das novas escolas, mas não será verdade que todos nós nos sentimos melhor quando estamos num ambiente agradável e com algum conforto. Se em média um aluno passa mais de 35 por semana numa escola, não será demais pedir que este tenha prazer em lá estar, o que em muito contribuirá para ter prazer em aprender.
Ao nível da educação o actual Governo da Republica vai nos fazer regredir uns bons anos, pois todas as medidas que toma ou são de caracter populista ou de caracter economicista.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Estava a pensar na Governação e lembrei-me desta!

Artista: Pink Floyd
Musica: See Emily play

Letra

Emily tries but misunderstands, ah ooh
She's often inclined to borrow somebody's dreams till tomorrow
There is no other day
Let's try it another way
You'll lose your mind and play
Free games for May
See Emily play

Soon after dark Emily cries, ah ooh
Gazing through trees in sorrow hardly a sound till tomorrow

There is no other day
Let's try it another way
You'll lose your mind and play
Free games for May
See Emily play

Put on a gown that touches the ground, ah ooh
Float down a river forever and ever, Emily, Emily
There is no other day
Let's try it another way
You'll lose your mind and play
Free games for May
See Emily play

Mamã arranja-me um quarto que vou “emigrar” para a tua casa.

Portugal está a atingir uma fase onde infelizmente muitos jovens serão forçados a voltar a casa dos progenitores. A nova medida proposta pelo Secretário de Estado Hélder Rosalino é um bom exemplo disso. O número crescente de desempregados, as dificuldades financeiras e a precariedade do trabalho, com toda a certeza levaram a que cada vez mais jovens “emigrem” para casa dos pais, pois não estarão em condições de suportar encargos com habitação, ou pura e simplesmente não terão rendimentos que permitem o seu sustento.

O que estamos a assistir é ao genocídio de uma geração! Em Portugal nos dias que correm é preciso ter coragem para trazer uma nova vida ao mundo, pois as dificuldades são tão extremas que qualquer jovem casal pensa não uma, nem duas, mas infinitas vezes antes de decidir ter um filho, como é visível pela baixa taxa de natalidade. As consequências desta atitude, consciente, será a completa falência do estado em todas as suas áreas e em última instância o fim de Portugal como todos nós o conhecemos.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Mais uma vez a Banca, os Lapsos e a Honestidade

As notícias que circulam são que o BCE mantem a liquidez da banca portuguesa em níveis recorde, ou seja, a nossa banca supostamente tem dinheiro para emprestar à economia. O problema é que dinheiro nem vê-lo, as empresas estão desesperadas por financiamento e a banca continua a exigir spreads “loucos”, o resultado é um abrandamento da actividade económica, falências e despedimentos.

Enquanto isto acontece o governo anda a brincar aos lapsos e a dar entrevistas onde “mentem” e “desmentem-se” de uma forma constante. Raio onde está a suposta política de clareza e verdade que fez o actual primeiro-ministro ganhar as eleições? Não sei, mas suponho que para 2015 ele dará uma entrevista a afirmar que no seu mandato tudo foi claro e que fez o seu melhor para afundar o pouco que restava da nossa economia.

sábado, 7 de abril de 2012

Os Arautos das Más Noticias e o Sentimento de “Corno”

No início parecia ser diferente, este governo afirmava que diria toda a verdade aos Portugueses, independentemente da dureza, mais uma ilusão desfeita, não demorou muito tempo até que as más notícias fossem dadas por pessoas externas ao governo, umas vezes a “troika”, outras, como no caso da energia, altos dirigentes de empresas, alguns jornais, etc..
Mas agora Portugal está com o verdadeiro sentimento de “Corno”. Somos sempre os últimos a saber a verdade. Ou é porque, no briefing do Concelho de Ministros, ficam informações por dar, como no caso das reformas antecipadas. Ou porque o “nosso” Primeiro-ministro decide dar importantes noticias a jornais estrangeiros primeiro e só depois “supostamente” as dirá aos Portugueses. Ou mesmo, como no caso da Maternidade Alfredo da Costa, foi necessário um membro de um partido da oposição dar a notícia.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

O direito à reforma antecipada.

Tendo um contribuinte trabalhado durante anos suficientes e amealhado poupança suficiente para prosseguir com a sua vida sem continuar a trabalhar, a meu ver é um direito que lhe assiste, desde que o valor da reforma seja proporcional ao tempo de serviço. Até é benéfico em alguns casos pois vai garantir um posto de trabalho para uma nova pessoa e desta forma garante-se mais um contribuinte.

Acabou, já não é possível, salvo em poucas excepções. Agora somos obrigados a labutar até aos 65 anos. E da maneira que o número de empregos está diminuto vamos criar quase uma geração de desempregados e de precários.

Não estou a dizer papá vai para o desemprego que eu quero o teu lugar, estou simplesmente a dizer, papá se achas que já trabalhaste o suficiente vai para casa, com o que é teu por direito, que outro irá tomar o teu lugar.

Os Lapsos, a Gestão de Expectativas e os Subsídios.

Gostei muito de ver o Ministro da Finanças admitir o lapso que cometeu relativamente ao fim do 13º e 14º mês, foi uma bonita atitude, contudo isto vem defraudar a espectativa de milhões de portugueses, entre pensionistas e funcionários públicos.

O governo na matéria de gestão de espectativas vem cometendo erros desde o início, este foi mais um, ou não. Porque os subsídios só voltaram em 2015, de forma gradual e divididos por 12 meses. Engraçado no ano de eleições os portugueses irão receber o que têm direito, mas parecerá um aumento de vencimento, ou seja, talvez em 2014 já poderíamos ver a cor do nosso dinheiro como foi sempre anunciado, mas por causa das eleições só o veremos em 2015 como uma medida eleitoralista encapuçada.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

É Autoridade da Concorrência ou Defensor das Empresas


Segundo uma notícia do DE, o presidente da autoridade da concorrência, defende as empresas gasolineiras dizendo que estas não têm margens para baixar o custo dos combustíveis devido à situação económica.

No site da Autoridade da Concorrência vem escrito o seguinte:

“Tem a responsabilidade de assessorar o Governo, a pedido deste ou por iniciativa própria, na definição das linhas estratégicas e das políticas gerais, tendo em vista o funcionamento eficiente dos mercados, a repartição eficaz dos recursos e os interesses dos consumidores, sugerindo ou propondo medidas de natureza política ou legislativa.”

Desta forma não podem vir dizer que as empresas são umas coitadinhas e que não podem baixar a margem de lucro, etc. etc., a autoridade da concorrência tem que tomar medidas e assessorar o governo na melhor forma possível de modo a terminar com esta brutal escalada que em muito prejudica a tão esperada recuperação económica. O seu papel não é defender empresas mas sim garantir a livre concorrência para benefício de todos os cidadãos.

Irritações Matinais


Se existe algo que me irrita, mesmo muito, é ter de esperar. No meu ofício isto acontece muitas vezes, por esta razão peço sempre à secretária para agendar e confirmar as reuniões.

Hoje tinha uma reunião marcada às 9h30, como é apanágio cheguei 10 minutos mais cedo e esperei… esperei, até que 1 hora depois vêm informar-me que tinha surgido um “imprevisto” e a pessoa em causa ainda não tinha entrado ao serviço e não sabiam quando o ia fazer…, sugerindo um reagendamento.

Um dos nossos grandes problemas são os “imprevistos” acontece em tudo e com todos, e afecta de sobremaneira a produtividade e o trabalho.

ESTOU OFICIALMENTE IRRITADO!

O mexilhão e os chefes

A respeito do relatório entregue ao MAI sobre os incidentes no Chiado, a quando da greve geral. Segundo o jornal Expresso o relatório prevê que os agentes envolvidos nas agressões sejam punidos. Até ai tudo bem estou de acordo eles devem ser punidos, mas não me digam que estes agentes acordaram de manhã e pensaram hoje é um bom dia para enfiar umas pauladas nuns manifestantes. Com toda a certeza isto não aconteceu, teve de existir ordens superiores para que fosse efectuada a carga policial. Por favor não lixem os mexilhões, este tipo de atitude tem de ter consequências processuais nas chefias e consequências políticas nos decisores.